Em palestra, pesquisadores da Fundação Chapadão destacam importância do manejo e controle de doenças
Apresentada em formato diferente, a palestra na manhã desta quinta-feira, 09, reuniu seis renomados pesquisadores da Fundação Chapadão, que se revezaram na apresentação de temas de grande relevância para os produtores rurais.
Primeiro a se apresentar, o Dr. Germison V. Tomquelski abordou o tema “Pragas em soja: Os desafios pós Bt”. Na palestra, foram citadas três importantes pragas, as lagartas do complexo Spodoptera, os percevejos e a mosca branca. Pragas estas que estão presentes nos chapadões e também em Mineiros. Conforme Dr. Germisson, os prejuízos dessas pragas chegam até 50% da produtividade. “Temos que estar muito atentos, o manejo delas passa por um bom treinamento da equipe e uma boa amostragem das lavouras”, disse ele.
Em seguida o Me. Alfredo Ricieri Dias explicou que o impacto das doenças nas sojas está muito atrelado no sistema de produção utilizado na região ou até mesmo na propriedade em questão. “Basicamente tivemos 3 doenças na última safra, mofo branco, mancha alvo, e ferrugem da soja, as três estratégias de controle preventivo, interagindo o máximo são controles genéticos, cultural e químicos”, destacou.
Na sequência, o Dr. Jefferson Anselmo orientou os produtores a utilizarem cultivares de soja adaptados ao ambiente de produção em que serão inseridos, fazer rotação de cultivas e cultivares dentro da propriedade, escolher variedades de soja resistente a nematoides quando houver, utilizar a prática do refúgio (20% de soja RR).
A seguir foi a vez do Dr. Marcelo V. Arf mostrar ao produtor que em pastagens degradáveis, com baixa lotação de gado e o uso da integração é possível fazer uma reforma de área tendo uma boa pastagem de lotação de gado e o uso da produção de grão, conseguindo um incremento produtivo na cultura de soja.
Já o Dr. Claudinei Kappes destacou a importância da preservação do solo, colocando palhada na superfície, aumentando a matéria orgânica do solo, considerando os atributos químicos, físicos e biológicos. “Com a adoção dessas práticas é possível a construção de sistemas de produção eficientes no aproveitamento dos insumos agrícolas e também alcançar a sustentabilidade e longevidade deste sistema”.
Encerrando a palestra, o Me. Rayane Gabriel discorreu sobre as principais espécies que se desenvolvem no cerrado e as espécies novas que estão surgindo. Falou também sobre as formas de manejo, onde entra o controle cultural com plantas de cobertura, controle genético por meio de cultivares resistentes ou moderadamente resistentes aos nematoides, controle químico ou biológicos, e a integração de todas as ferramentas para minimizar os níveis populacionais das espécies de importâncias agrícolas.
REPERCUSSÃO
“Achei muito interessante, com ótimas abordagens, pesquisadores de grande respaldo e informações atuais. A divisão de tempo foi bem feita, assim eles conseguiram passar o conteúdo”. (Leonardo Caraffini – Agricultor)
“Foi um tema bem relevante, atual e também gostei do jeito que eles apresentaram, se revezando para debater os assuntos. Com certeza valeu a pena ter participado”. (Severino Rezende Oliveira – Agropecuarista)