Clima em Goiás continua chuvoso e nebulosidade já preocupa

O clima em Goiás continua com pluviosidade bastante regular em praticamente todas as regiões, sendo propício ao crescimento vegetativo das culturas plantadas na safra de verão 18/19 no que diz respeito a umidade do solo. O volume de chuvas nesse período já supera o mensurado no mesmo período de 2017, porém, um pouco abaixo da média histórica. Para o crescimento vegetativo das culturas de verão (grãos, cereais e oleaginosas), as chuvas não são um problema e a grande preocupação no momento é com o número de horas de luz (fotoperíodo) já que o tempo se encontra, em boa parte, nublado. As gramíneas, por exemplo, são plantas com taxa fotossintética bastante alta e necessitam de bom índice de insolação para o desenvolvimento satisfatório, com isso podemos prever que já teremos impacto na produtividade do milho 1ª safra.

No setor da cana-de-açúcar a chuva é o primeiro fator que provoca a paralização da colheita e, nesse momento, a grande maioria das usinas que processam em Goiás se encontram paralisadas. A nebulosidade também prejudica o desenvolvimento das soqueiras e pode afetar a safra futura. Apesar do bom volume de chuvas, as previsões para dezembro, de acordo com modelos climáticos europeu e americano, serão um pouco abaixo da média histórica. Os mapas de previsões mais adiante (janeiro e fevereiro), mostram chuvas ainda abaixo da média e com possível ocorrência de veranicos nos estágios mais cruciais das culturas (floração da soja e pendoamento do milho). Em fevereiro, no momento da colheita, possivelmente não teremos maiores problemas. Vale ressaltar que são previsões de períodos mais longos e podem mudar conforme a amplitude da ocorrência de fenômenos climáticos como o El Ñino.

O aquecimento das águas do pacífico estão se confirmando e o último boletim do centro americano de meteorologia e oceano (NOAA) indica probabilidade de 70% de ocorrência do fenômeno, que deve atuar pelo menos até o outono de 2019.

Para a semana de 03 a 07 de dezembro os mapas trazem intensos índices pluviométricos com volumes expressivos projetados no curto prazo, especialmente na região norte e nordeste. Para as regiões sudoeste e sul as chuvas devem vir em menor volume comparado às regiões citadas anteriormente. A umidade do solo em 2 metros não traz nenhuma preocupação e as temperaturas se mantêm quentes, porém, dentre da normalidade.

Fonte: Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás/IFAG